FALANDO SÉRIO SOBRE

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domingo, 18 de dezembro de 2011

TRÁFICO DE DROGAS


Ivan Santos (Jornalista)
A questão do tráfico de drogas no Brasil é mais séria e complexa do que imagina o nosso ingênuo conhecimento sobre o assunto. Basta atentar para o que disse a presidente Dilma, na última segunda-feira, no “Café com a Presidenta”. A chefe do Governo do Brasil revelou que o trabalho realizado nas fronteiras do país evitou a entrada de 112 toneladas de entorpecentes até o mês de novembro. E quantas toneladas entraram? O governo não sabe, porque as drogas que entraram não são vistas pela polícia. A presidente Dilma fez a preocupante revelação ao anunciar o Plano do Governo Federal contra o crack. A presidente se referiu ao Plano Estratégico de Fronteiras lançado em junho passado para combater contrabando. Com firme determinação, Dona Dilma disse no programa radiofônico: “Vamos reprimir duramente o tráfico de drogas e o crime organizado em todo o país; e vamos fazer um eficiente trabalho de prevenção e educação para evitar o consumo e o contato de nossas crianças e jovens com as drogas”. Nas planícies torcemos para que o Plano do Governo seja bem-sucedido, mas lembramos da enfática declaração do traficante colombiano Pablo Escobar, antes de morrer: “Enquanto houver quem consuma drogas, haverá quem as produza e quem as distribua, queiram ou não os governos nacionais”. Esta é uma verdade cristalina. Só há tráfico de drogas onde há consumo. Esta é uma lei elementar de mercado que não pode ser revogada por vontade política.
Custo do Plano
O plano nacional para enfrentar os problemas sociais provocados pelo consumo de crack e de outras drogas entorpecentes, lançado no Brasil pelo Governo, na semana passada, custará algo em torno de R$ 4 bilhões. O programa é uma ação bem-intencionada porque promete atuar com medidas efetivas nas áreas de saúde e ação vigorosa na segurança.
Controle Eletrônico
O Governo anunciou a instalação de câmeras especiais para controlar delinquentes em locais onde se concentram usuários de drogas. O plano prevê o funcionamento de 300 consultórios de rua em todo o país até 2014. Muito pouco para um país de mais de 8 milhões de quilômetros quadrados e mais de 190 milhões de habitantes. Pouco mesmo.
Boa Intenção
Os consultórios, segundo o Governo, contarão com médicos, enfermeiros e psicólogos para atender dependentes, principalmente, os da população de rua. A intenção é boa, mas o plano parece improvisado e lançado só para produzir efeito de marketing. A criação de enfermarias nos hospitais do SUS para tratar de drogados não passa de boa intenção.

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