FALANDO SÉRIO SOBRE

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segunda-feira, 28 de junho de 2010

É MELHOR INTERROMPER CAUSAS QUE LUTAR CONTRA CONSEQÜÊNCIAS

Segundo Ethel Bauzer Medeiros, em um exame simplificado, pode-se observar a prevenção sob dois ângulos:

  1. O da procura: a ser reduzida graças a um melhor atendimento das necessidades humanas básicas e ao aperfeiçoamento da qualidade da vida em cada comunidade;
  2. O da oferta: a ser controlada ou repremida, desde a fonte produtora da droga até sua comercialização e ao seu consumo, limitando o emprego da substância a fins médicos e de pesquisa científica.

Deixando o combate à oferta aos órgãos e serviços especializados, este trabalho cuida somente de como baixar a demanda. Na prática podem-se distinguir algumas linhas de ação. Embora sigam orientações diferentes, complementam-se, pois todas visam a estimular o CRESCIMENTO SAUDÁVEL DAS PESSOAS E DA COMUNIDADE, como se mostra a seguir:

  1. Mobilização da opinião pública, mediante campanhas de oferta, sensibilização e divulgação de informações sobre o problema.
  2. Desenvolvimento de programa de educação formal, escolas ou fora delas, para jovens, crianças e pais, e bem assim para profissionais de áreas como as da saúde, do comportamento, do serviço social, da religião, justiça, politica e outras afins.
  3. Aumento e diversificação das oportunidades de ocupação salitar para indivíduos e grupos, pela promoção de um estilo de vidam no qual a droga não acha lugar. O oferecimento planejado de ampla variedade de atividades (recreativas, desportivas, culturais, vocacionais, de serviço à comunidade, etc.. facilita este atendimento às necessidades físicas, intelectuais, sociais, emocionais e espirituais das pessoas, sobretudo das que vivem, por sua baixa idade, ou pelo exemplo de modelos e ídolos do seu meio, que as predispõem ao uso de drogas).
  4. Intervenção precoce e planejada, conduzida com a ajuda de companheiros, parentes, professores, médicos, orientadores, religiosos, psicólogos ou assistente sociais, que procuram atalhar [interromper] os problemas na fonte dando apoio, auxílio ou aconselhamento a pessoas e grupos em situação de alto risco (por terem fácil acesso À droga, por conviverem com quem a consome ou, ainda, por se acharem em um meio que encara o seu uso com naturalidade, quando não o prestigia).

Cada linha de AÇÃO prefere certas táticas, mas todas planejam, o trabalho atendendo aos PRINCIPIOS a seguir:

  • Considerar como droga qualquer substância química, natural ou sintética, que introduzida no organismo vivo, modifica uma ou mais das suas funções. Tratar, então, como tal não apenas a maconha, a cocaína, a heroína ou a LSD, porém igualmente o álcool, tranqüilizantes, analgésicos, anfetaminas, nicotina e os demais preparados a quem o homem recorre para alterar as próprias reações.
  • Situar a prevenção dentro das medidas tomadas pela comunidade para melhorar a sua qualidade de vida, particularmente no tocante a cuidados primários de saúde (definindo esta última como estado de completo bem-estar, físico, mental social e não apenas como ausência de enfermidades ou invalidez).
  • Convocar, desde o início, profissionais com formação especializada e, em sua carência, recrutar pessoal com habilitação básica em saúde, educação, psicologia, antropologia, serviço social e outras áreas afins, complementando-lhes o preparo mediante cursos intensivos, seminários, estágios, material de leitura, etc..
  • Instigar a participação de toda a comunidade, mas coordenar e integrar sempre as inciativas dos diversos setores, de modo a assegurar coerência ao trabalho e tornar cada cidadão um co-responsável pelo seu sucesso.
  • Verificar a extensão e as ramificações do problema na clientela visada, identificando grupos e pessoas que estejam a promover o uso indevido de drogas, para lhes investigar o modo de agir e os canais que utilizam, a fim de adotar as preocupações e contramedidas correspondentes.
  • Estabelecer fins realistas e alcançáveis, (como, por exemplo, “restringir o uso de barbitúricos a fins médicos”, ou, então, manter serviços de informação sobre fontes de ajuda a dificuldades decorrentes do uso indevido de drogas). Observar que todo o trabalho logo ficará comprometido por metas inatingíveis (a exemplo de “eliminar o tabagismo e as bebida da alcoólicas” em comunidades que já incorporam tais práticas aos seus costumes).
  • Adequar conteúdo e forma de cada programa às necessidades, características, expectativas e aspirações de cada população-alvo. Um programa pode render bons frutos em uma coletividade, mas se malograr em outra que tenha anseios diferentes.
  • avaliar todos os componentes do trabalho, desde suas finalidades e o seu pessoal, até prazos, horários, locais, instalações, metodologia e resultados, parciais e terminais.

A escolha das TÁTICAS deve levar em conta: os ALVOS em vista; as DIRETRIZES adotadas; as CARACTERÍSITCAS e as POSSIBILIDADES da população-alvo. Não obstante a sua universidade, todas procuram:

  1. Alertar, sensibilizar, informar e educar cidadãos grupos e lideranças a fim de elevar o número do que efetivamente se envolvam nos programas de prevenção;
  2. Preocupar-se mais em formar participantes interessados e esclarecidos do que simplesmente os informar;
  3. Encarar a difusão dos conhecimentos sobre as drogas e seus efeitos e a legalização que disciplina o seu uso como passo inicia, do longo processo de escolha dos próprios caminhos, que cada qual vai tendo de fazer no longo da vida;
  4. Dar prioridades às atividades práticas, visando a reduzir a distância entre o falar e o agir;
  5. Valorizar o papel dos “modelos de conduta” na sua educação, prestigiando comportamentos associados a um estilo saudável de vida;
  6. Reconhecer o grande peso na conduta das emoções, motivações, interesses e atitudes, promovendo atividades sadias que estimulem sentimentos de auto-estima;
  7. Aproveitar as oportunidades de crescimento propiciadas pelas atividades de pequenos grupos nos quais a intensidade dos contatos diretos facilita a aprendizagem.

Considerando agora somente as duas primeiras LINHAS DE AÇÃO, antes citadas e que interessam mais de perto ao educador – a de mobilizar a opinião pública e a de desenvolver programas educativos regulares – recomendam-se estas medidas:

PARA MOBILIZAR A OPINIÃO PÚBLICA

  • Encontros, ornadas, debates abertos, exposições, seminários e concursos (de cartazes, de lemas, de material didáticos etc..), que ponham em relevo as dimensões do problema e as suas repercussões pessoais e sociais, oferecendo educação não-formal e ajudando pessoas interessadas a se aproximar para formar grupos. Promovidas por entidades públicas ou particulares, e contando com o apoio d e meios de comunicação social, estas campanhas se dirigem:
    1. Ao público alvo em geral;
    2. A grupos específicos, como pais, adolescentes educadores, legisladores, administradores empresários, lideranças cívicas, etc., cuidando sempre de adequar suas mensagens a cada clientela-alvo.

PARA DESENVOLVER EDUCAÇÃO PREVENTIVA

No setor de capacitação de orientadores e dirigentes de programas e serviços:

  • Cursos, comumente intensivos, para profissionais, como educadores, médicos, enfermeiros, advogados, psicólogos, assistente sociais e outros, que possam ficar à testa de atividades;
  • Estágios teóricos-práticos de aperfeiçoamento ou da atualização para dirigentes de programas e serviços;
  • Ciclos de estudo par líderes e voluntários dos diversos setores da comunidade, com atenção especial aos mais jovens (pois, na fase crítica da adolescência, têm maior probabilidade de influenciar os companheiros)
  • Empréstimos de recursos audiovisuais – como dia filmes, fitas gravadas, filmes ou videocassetes – a grupos organizados, especialmente os de ajuda mutua, que também devem receber o roteiro para orientar a discussão dos temas.
  • Doação do material informativo atualizado, com conteúdo e linguagem diferenciados segundo a clientela (jovens, crianças, famílias, professores, associações culturais, agentes policiais, etc.);
  • Desenvolvimento de unidades didáticas dentro dos programas de ciência dos cursos regulares dos três graus de ensino:

Encontros de estudo e de debate para grupos especiais realizados em:

  1. Escolas (para alunos, docentes, administradores, famílias, etc.);
  2. Posto de saúde publica e hospitais;
  3. Empresas de comércio e de indústria;
  4. Centro Comunitárias, associações (cívicas, religiosas, de serviço e profissionais), clubes sócio-culturais e outras premiações;
  5. Unidades das Forças Armadas e das Forças Auxiliares.

Pode-se prevenir o uso indevido de droga? 2ª Ed, Refundida e Ampliada – Rio de Janeiro – V 1, 1986, 12p. – CDD 362.29386 – FUNDO SOCIAL DE SOLIDARIEDADE – DOTEC



By Khaleb Bueno

Assessoria e Consultoria em SPA – Palestras e Seminários – Brasil



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