FALANDO SÉRIO SOBRE

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quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

AJUDA ONLINE PARA LARGAR AS DROGAS



Pesquisa do Instituto de Responsabilidade Social Sírio-Libanês aponta os benefícios das redes sociais para abstinência

"Quando a sensação da droga passava, a única coisa que resta é você saciar a vontade e apreciar toda a paranoia louca". Esse triste depoimento é do jovem Lucas (nome fictício), 21, que resolveu expor a sua difícil batalha contra o crack em um sincero vídeo na Internet, com mais de 14 mil visualizações públicas. Servindo como espaço para o desabafo e a troca de experiências, as redes sociais estão ganhando adeptos, sendo usadas como verdadeiros consultórios, comunidades terapêuticas online e gratuitas.

Uma simples vasculhada no canal do YouTube, Facebook, Orkut e em diversos blogs já mostra a variedade de sites oferecendo dicas de como se livrar do vício das drogas e explorando histórias daqueles que perderam ou venceram a guerra. Analisando esse fenômeno, o Instituto de Responsabilidade Social Sírio-Libanês (IRSSL) lançou pesquisa revelando as mil motivações para o início e para o fim do consumo de tóxicos entre os jovens que navegam na Internet.

Expressões

"Entender a forma como as pessoas estão se expressando com relação às drogas é importante para que possamos aprender a nos relacionar com elas", destaca Sérgio Zanetta, superintendente executivo do IRSSL.

Na pesquisa, destacam-se vídeos que mostram depoimentos de ex-viciados, apelos de pais por seus filhos em diversas comunidades, como sites mantidos por pessoas que buscam no relacionamento anônimo o apoio de que precisam para se manterem "limpos", abstenção total.

As buscas na internet por palavras chaves como cocaína, crack e maconha levaram à identificação de 2.427 comunidades e grupos virtuais, segundo o instituto, entre iniciativas de intercâmbio de experiências e mensagens de deboche. A pesquisa apontou a existência, no Ceará, de pelo menos 17 grandes comunidades na Internet que oferecem apoio, saída para quem parece estar no fim do poço.

Iniciativa

A coordenadora de Saúde mental, álcool e outras drogas da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), Rane Félix, aprova a iniciativa de tornar as redes sociais espaços de apoio, mas frisa que o poder público ainda não conta com tais ferramentas. "É na internet que a juventude fica por dentro das informações sobre como se tratar, fugir do vício. É importante valorizar os canais de comunicação direta que possibilitam a interação, o apoio mútuo entre eles", frisa.

Rane conta ainda que os jovens, por exemplo, demoram muito para procurar uma ajuda formal, atendimento médico. "Só procuram ajuda clínica nas últimas e por obrigação da família. Uns 10% chegam sozinhos. Espero que a Internet auxilie na recuperação e no despertar para a abstinência", ressalta.

Retomada

Entre as comunidades existentes na rede, está a "Crack, nem pensar - Ajuda" com mais de 11 mil membros, 380 tópicos e mais de nove mil mensagens de apoio e otimismo para o fim do vício e retomada da vida. Dos participantes totais da Internet, 57% são homens, a maioria. Na opinião do psicólogo Osmar Diógenes Parente, coordenador do Instituto Volta Vida (IVV), as redes sociais têm dois lados. "Antes de buscar ajuda, o usuário de droga usava a internet para marcar encontro, achar novas drogas. Agora, estamos tendo uma mudança para o bem, para salvação", analisa.

Nos locais virtuais de fórum e de debates, os internautas - tais como terapeutas informais - explicam o que motivou a tomada da decisão de largar o vício. 

Entre os fatores, expostos na internet, para a abstinência, estão a importância dos laços familiares, a religião, a vontade de seguir em frente, os grupos de apoio e a mudança diária da rotina. "Para me recuperar, tive que reformular toda a minha vida", diz um dos internautas.



GAPEA - Grupo de Apoio, Prevenção e Evangelismo Anti Drogas
TELEFONES - 019 96475907 (atendimento WhatsApp)




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